05 abril 2007
em cal viva
1. lentamente
como o labor do tempo
na massa do corpo
2. cada mão
cada gesto
3. receptáculos
de um outro nome
4. ou de um qualquer bicho
que escava a toca
lentamente
e lentamente se encosta à morna
carne do tempo
5. um momento.
o bastante
para os anjos se quedarem mudos
e brancos
6. e a eternidade se inaugurar
viva
na branca memória
da parede
( a casa ressuma no ascendente rasto de poeira luminosa:
insuspeitas do pecado da memória
as formas informes de uma história
na reconstrução
dos corpos. as sombras. e uma só palavra cumpriria
meticulosamente
o local aprazível que o tempo
faz dos gestos )
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ia e vinha e a cada coisa perguntava que nome tinha- sophia
1 comentário:
tu escreves como ninguém. que privilégio estar este universo lírico líquido louco liminar lindo luminoso livre, à distância de uma vontade e um clique. beijinho. J.
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